Revolução Industrial e Independência da América Espanhola


A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias.
Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias. O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas à vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir.
Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção.

Em pouco tempo, as fábricas inglesas produziam grande quantidade de tecidos, ferramentas, chapéus, etc. A burguesia inglesa precisou buscas mercados externos para seus produtos. A essa altura os ingleses queriam vender suas mercadorias para a América. No entanto, havia um problema: as colônias só podiam comerciar com a Espanha. A mercadoria inglesa tinha de ser vendida primeiro para os comerciantes da Espanha, que aumentavam seus preços e depois a vendiam para as colônias.
Os colonos então começaram a raciocinar: “puxa, se não houvesse a Espanha, nós poderíamos comprar diretamente dos ingleses. Seria mais barato. Nós também poderíamos vender diretamente para eles, e assim obteríamos lucros bem maiores”.
No passado, a Colônia tinha vontade de ser protegida pela Metrópole, mas naquele momento a colonização trazia mais prejuízos do que benefícios. Começou a se formar a idéia de que as colônias deveriam se separar da Metrópole. Forjava-se a idéia de independência nacional. E assim se iniciou o processo da Independência da América Espanhola.


No final do século XVIII e começo do século XIX, o antigo sistema colonial entrou em crise. Os colonos da América Espanhola, influenciados pelas idéias iluministas, perceberam a necessidade de romper com a Metrópole.
A falta de liberdade econômica e de autonomia política não podia mais ser tolerada.
Quando Napoleão invadiu a Espanha e derrubou o rei Fernando VII, as colônias passaram a comerciar livremente com os ingleses.
A partir de então, mobilizaram-se para separar da Metrópole.
As lutas populares de libertação foram esmagadas pelas forças coloniais, o que resultou da hegemonia (liderança) das elites criollas no processo de independência. Nos novos países, a democracia não sobreviveria.


O sonho de Simón Bolívar era que a América Espanhola se tornasse uma única e grande nação. Entretanto, com a Independência surgiram inúmeros países.
A fragmentação política ocorreu porque havia inúmeros centros administrativos autônomos.
Outro motivo importante para a divisão política da América Espanhola foram as rivalidades entre os líderes criollos. Eles não admitiam se submeter a um poder central. Preferiam manter seu domínio no próprio país.

Curiosidades sobre a Independência da América Espanhola

• Na América do Norte, a primeira colônia espanhola a se tornar independente foi o México, adotando, primeiramente o governo monárquico, e depois o governo republicano.

• Na América do Sul, a primeira independência foi a da Venezuela, que se completou com a independência da Colômbia e Equador.

• Na América Central, a região foi dividida em cinco países: Honduras, Guatemala, El Salvador, Nicarágua e Costa Rica.

• Depois de alguns anos, foi a vez das ilhas da América Central (as do Mar do Caribe): a República Dominicana, Porto Rico e de Cuba.

• Ainda hoje, alguns países ainda sentem os efeitos de todo esse processo de caráter conservador e elitista. A miséria, o desrespeito às leis, a falta de oportunidades, o atraso econômico são apenas algumas das poucas e maiores questões a serem relacionadas com tal experiência histórica. Por outro lado, também devemos destacar que em outras nações a presença de movimentos populares e a consolidação de regimes democráticos vêm abrindo portas para as primeiras etapas de uma possível mudança.

Curiosidades sobre a Revolução Industrial

• Os fiandeiros de uma fábrica próxima de Manchester trabalhavam 14 horas por dia numa temperatura de 26 a 29°C, sem terem permissão de mandar buscar água para beber.

• Surgiu uma nova classe social: a classe operária.

• Marcou também a exploração do trabalho infantil.

• Consolidou o capitalismo como sistema econômico dominante.

• Primeiro de maio foi a data escolhida na maioria dos países industrializados para comemorar o Dia do Trabalho e celebrar a figura do trabalhador. A data tem origem em uma manifestação operária por melhores condições de trabalho iniciada no dia 1º de maio de 1886, em Chicago, nos EUA. No dia 4, vários trabalhadores são mortos em conflitos com as forças policiais. Em conseqüência, a polícia prende oito anarquistas e os acusa pelos distúrbios. Quatro deles são enforcados, um suicida-se e três, posteriormente, são perdoados. Por essa razão, desde 1894, o Dia do Trabalho, nos Estados Unidos, é comemorado na primeira segunda-feira de setembro.

Tempos Modernos - Charles Chaplin e a Revolução Industrial



Tempos Modernos é um clássico da comédia e do cinema mudo. Charles Chaplin retratou com criatividade a situação que os trabalhadores enfrentaram nos primeiros tempos da Revolução Industrial. A invenção da máquina a vapor desencadeou uma revolução tecnológica mas também modificou hábitos, costumes e valores humanos.